Geologia e Religião

Este texto não tem finalidade de polemizar assuntos religiosos e/ou os fundamentos das religiões existentes. Como fato social, as religiões constituem os primeiros vagidos dos cientistas atuais. As perguntas feitas naqueles tempos eram as mesmas da humanidade atual: de onde viemos? quem nos colocou aqui? para onde iremos depois da morte? As respostas às perguntas são diferentes conforme o progresso do conhecimento surgindo, então, o conflito, porque as respostas são diferentes para cada interrogação.

Por exemplo, muitos fenômenos tratados na Bíblia dos cristãos, também são tratados na Geologia estratigráfica e tem soluções diferentes por isso se tornam contraditórios. Não ha erros a serem corrigidos nos temas religiosos nem na Bíblia ou em outro livro de regras de fé de outra religião, mas sim, um problema de evolução das ideias cientificas ao longo do tempo, como todos os fenômenos geológicos que sofreram os efeitos da mesma evolução. Os fenômenos passados na Terra só têm uma explicação, e todas devem obedecer ao mesmo parâmetro ditado pela ordem natural das coisas ou a estratigrafia, como chamada na Geologia. Explicações fora dessa ordem passam para o terreno das tentativas, algo parecido com uma adivinhação que tem sido o método usado pelos cientistas de ontem e de hoje. Todas as ideias, que estão hoje a funcionar materialmente, passaram vagarosamente por esse processo inexorável da transformação evolutiva diante do quadro de paulatino abaixamento do grau de energia acontecida no globo.

​Há um ponto dessa história evolutiva, recentíssimo, em que surgiu o homem em sua figura mais primitiva e junto com ele a curiosidade inerente a ele mesmo, e com essa curiosidade apareceram também as perguntas famosas até hoje não respondidas, mencionadas linhas atrás: quem somos nós? quem nos colocou aqui? de onde viemos e para onde iremos depois da morte?, dando início ao pensamento religioso e a religião propriamente dita. Na tentativa de respondê-las, desde aquele momento até hoje, é que surge a ciência e, dai por diante surge o antagonismo ciência X religião como se fossem coisas diferentes e mesmo antagônicas.

Acontece que a religião também foi afetada pelo fenômeno da evolução, foi dentro da igreja que surgiram os primeiros cientistas materialistas ou afastados da fé, passando a se colocar cada vez mais distantes da igreja primitiva como foram Giordano Bruno (1548-1600), Galileo Galilei (1564-1642), Tommasso Campanella (1568-1639) e outros.

Dentro deste conceito, e geologicamente falando, a religião foi a ciência mais antiga praticada pelos povos mais primitivos, cujos patriarcas tinham de responder exatamente as mesmas perguntas que são feitas até hoje citadas anteriormente: de onde viemos? quem nos colocou aqui? para onde iremos depois da morte? existem as almas? onde elas ficam antes do nascimento e para onde elas vão depois da morte? existem o céu e o inferno? Tais perguntas tinham de ser respondidas e, naquele tempo tudo era ainda mais difícil e misterioso do que agora. As respostas foram dadas pelas autoridades da época, de modo geral os mais velhos das diversas populações. Por serem mais velhos eram também os mais respeitados e, por isso mesmo, erguidos aos mais altos postos da administração das comunidades. Suas palavras não poderiam ser gravadas, mas valiam como se fossem, e assim nasceram, via oral, as lendas e tradições.

Dentro do sentido evolutivo, que damos como motor de funcionamento para todos os fenômenos geológicos no presente trabalho, podemos dizer que a humanidade contemporânea está apenas um pouco mais evoluída do que no tempo referido no paragrafo anterior. Vejamos alguns exemplos para tipificar o pensamento expressado.

Já sabemos como fazer um avião voar, embora muito longe do “saber voar” das aves e pássaros de modo geral. Eles, os pássaros, não dependem de complicadas pistas de pouso, sistemas de abastecimento e orientação de satélites e muitas pessoas para apoia-los na subida e na descida a cada deslocamento. Entretanto, ensina-se nas escolas que as aves são animais inferiores e alguns grupos de pessoas pretendem “protegê-las” porque algumas estariam em extinção… O mesmo se passa no mar quando se pretende proteger as tartarugas marinhas, ou “ensinar”, ou guiar as baleias nos mares durante suas viagens. Realmente, nenhum dos animais marinhos ou terrestres necessita de nosso auxilio para procriar ou se deslocar conforme a sua necessidade e natureza.  É mera tolice ou ignorância tentar fazê-lo, pois tal atitude apenas evidencia nosso atraso. Esses animais são mais antigos, mais numerosos e melhor adaptados ao ambiente geológico que a humanidade.

​Nós também estamos em extinção, e não ha ninguém para nos proteger. Outra parte da sociedade se preocupa com a poluição da atmosfera e dos mares, reunindo pessoas importantes do mundo como chefes de estado, cientistas e políticos, com a finalidade de estancar a emissão de gases classificados como prejudiciais para a atmosfera. Tais gases, segundo eles, são os vilões de um suposto processo de “aquecimento global’ que provocará aumento da temperatura na superfície da Terra, seguida do crescimento do nível do mar e a morte de muita gente. Evidente que tais pessoas não tem o mínimo conhecimento sobre o funcionamento geral do globo, mas impressionam milhões de outras provocando pânico entre elas.

No mesmo nível de importância temos todo o desenvolvimento da astronomia e sua variante atual, as ciências espaciais. Emprega-se o pináculo do conhecimento humano investindo fortunas pesquisando ligas metálicas, combustíveis, navegação, etc., para mandar foguetes e naves espaciais  a procurar a origem da vida, água em outros planetas do sistema solar, composição de suas rochas e atmosferas, procurando outras civilizações, realizando experiências com germinação de sementes no espaço etc., dando a impressão de que estamos refinando altos conhecimentos obtidos pelos cientistas daqui da Terra, quando na realidade, demonstrando apenas o grau de ignorância ou desconhecimento das mínimas ciências terrestres, interessantes para o desenvolvimento e a felicidade humana aqui na Terra mesmo. Em poucas palavras, não se conhece ao menos a Terra onde moramos e onde ainda se morre de fome e doenças, e se pretende mudar a população da Terra para outro planeta, penetrar o núcleo do planeta, descobrir agua como fonte da vida e… quem sabe quantas tolices a mais se pretende saber.

Todo o arrazoado acima serve para demonstrar, apenas, que os cientistas contemporâneos de cada época, tem o sentimento comum entre eles de que são os “maiores do mundo”, quando, de fato, representam apenas o conhecimento acanhado e setorizado vigente naquela época, o que atualmente, como antigamente, leva a perda de tempo e dinheiro. O raciocínio aplica-se historicamente ao tempo, por exemplo, de Moisés, na tentativa de explicar como se formaram a Terra, a Lua, o Sol e as estrelas no firmamento. Aristóteles, seguido de Ptolomeu, ensinaram com a autoridade de cientistas que o Sol girava ao redor da Terra e tiveram muito sucesso ao seu tempo. Atualmente vemos os cientistas da NASA procurando vida em outros planetas e água, por ser, segundo eles, indispensável à vida…

Moisés, o autor do livro do Gênesis era, sem dúvida, o mais sábio e mais influente homem da sua tribo, ou da sua comunidade ao tempo em que viveu e, supostamente, escreveu ou ditou aquele livro da Bíblia.  Ele não escreveu para os homens da nossa época, mas para os homens daqueles dias ou daqueles tempos que tinham curiosidade da explicação da sua existência e da existência de outros tantos mistérios. Não se poderia exigir que Moisés, um comandante de povos, pudesse explicar assuntos científicos que demandariam muito tempo e aparelhagem sofisticada para observações acuradas e respostas mais próximas da definição cientifica, e que não existiam naquele tempo.

A criação da luz é exemplo do que queremos dizer. Quando ela foi criada? No v.3 do capitulo 1º (“haja luz. E houve luz.”), ou no v.14 e 15 quando Moisés descreve o que aconteceu no 4º dia: “E disse Deus: Haja luminares no firmamento do céu para fazerem separação entre o dia e a noite”… “Deus, pois, fez os dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia e o luminar menor para iluminar a noite; fez também as estrelas.

Certamente, para Moisés, a Terra era o corpo celeste mais importante, e por isso o Sol ficou em segundo plano, sendo criado apenas no 4º dia. A Lei da Gravidade foi descoberta por Newton em 1687, mas ela governava o movimento dos corpos em orbitas definidas desde muito tempo antes de Moisés, embora ele não soubesse disso. O Sol jamais poderia ser criado depois da Terra. Entretanto, se hoje ainda não sabemos a origem do sistema, a despeito de todos os moderníssimos aparelhos, telescópios e naves espaciais, como criticar a solução de Moisés feita tanto tempo passado? Houve, de fato, uma melhora no entendimento do problema que quer dizer evolução. O problema consiste em continuar a acreditar na hipótese antiga da arca e do diluvio.

Vejamos a vôo de pássaro outros fenômenos geológicos que fazem parte das histórias contadas ao longo dos livros antigos, inclusive os que compõe o Velho Testamento bíblico, e que devem ser levados na conta de algum exagero dos escritores ou dos contadores da história sagrada ao passarem adiante aquilo que lhes parecia a verdade. Vejamos alguns exemplos sem aprofundar a discussão.

​O diluvio, como descrito no capitulo 7 e 8 do Genesis, jamais poderia acontecer porque os elementos que formam o globo são fixos em quantidade exceto, exatamente, a água, o único composto que decresce devido ao fenômeno da fotólise, passada na dinâmica do fenômeno fotossintético. A água faz parte da estrutura do globo e, enquanto o globo esteve em temperatura muito elevada, fazia parte da atmosfera primordial junto com o nitrogênio e o gás carbônico, assim, devido a sua densidade sedimentou primeiro, ocupando as partes baixas da topografia original da crosta, formando o oceano. Este oceano foi chamado por A. L. Wegener(1880-1930), em 1912, de Pantalassa ou reunião dos mares, o oceano original. Ao início da fotossíntese a água passou a diminuir de volume pela destruição paulatina das moléculas da mesma (fotólise da água), cujo resultado é a atmosfera dos nossos dias. Desse conjunto de fenômenos é que se deduz que o diluvio é uma ficção e nunca existiu, não passando de abuso da fé de pessoas mais ingênuas ainda.

Nossa tese é que o atual estagio de conhecimento humano sobre o planeta que habitamos continua no estagio infantil, a despeito dos foguetes e telescópios, transportes e computadores. Exemplo interessante desse estagio é dado pela indústria do turismo, que mostra aos mais crédulos os restos de uma arca que navegou em um oceano que nunca existiu. O problema se resume em explicar como, em um sistema fechado como a Terra, ter água bastante para causar um diluvio cujas águas cobrissem o monte Ararat, com mais de 5.000m de altitude, e em seguida desaparecer com ela, reduzindo-a ao nível do mar atual. De onde veio a agua e para onde foi a mesma depois do diluvio? A possibilidade não existe e fica na conta de pessoas entusiasmadas com ideias religiosas.

Um dos conflitos insanáveis entre a Geologia e os ensinamentos religiosos tem relação com o relatado no livro de Josué, capitulo 10, v 12 e seguintes, quando foi dada uma ordem para que o Sol e a Lua se detivessem no firmamento. O Sol sobre Gibeão e a Lua sobre o vale de Aijalom, ficando o Sol “parado quase um dia inteiro”. Naquele tempo, nem Josué nem ninguém sabia, que o Sol é estático relativo à Terra e a Lua. Os dois pequenos astros é que se movem relativo ao astro central, o Sol. A ordem de parar tinha de ser dada à Terra e à Lua e, de fato, a todo o sistema planetário porque trabalha em conjunto e isso desequilibraria todo o sistema destruindo-o. Não ha qualquer possibilidade do fenômeno ter acontecido.

A formação do homem no jardim do Éden consistiu na transformação de minerais (argila) em matéria orgânica, o que também é impossível pelos meios naturais. A origem da vida, dos vegetais e animais inclusive o homem, já foi estudada e recomenda-se uma revisão do assunto para melhor entendimento do mesmo. Não ha qualquer possibilidade do fenômeno ter acontecido ou acontecer.

Por ser tema de interesse econômico básico, especialmente para os humanos, com maior profundidade para o desenvolvimento do Brasil, fazer a diferença entre o mundo orgânico e o mundo mineral, e a sua relação no globo, é essencial para dar rumos novos à humanidade habitante do globo.

A ressurreição é outro fenômeno geologicamente impossível de acontecer. Nosso comentário se restringe a vida comum dos animais e vegetais. Depois de reunidos pela fotossíntese, os hidrocarbonetos só perdem sua identidade pela combustão. Não ha volta ao estado anterior em qualquer das etapas do ciclo da energia. Não existem as “almas”, mas a energia do Sol conferida aos seres viventes que, quando “morrem”, transformam-se em “lixo”. Como “lixo”, são levados às bacias de sedimentação onde se transformam em petróleo e ficam aí armazenados até serem trazidos de novo à superfície, agora como combustíveis, etc.

​Todos os parágrafos anteriores se referem ao tempo mais antigo da humanidade, quando a ciência era nenhuma e as crendices pontificavam mais acentuadamente. Essas crendices perduram até hoje e continuam a exercer fortíssima influência no seio do povo mais inculto, mas ao longo do tempo muitas coisas foram ficando mais claras pelo surgimento de homens cada vez mais curiosos.

Já no inicio da era cristã surge Ptolomeu (90-168), que notou a diferença entre a astrologia e a astronomia, mas conservava a Terra como o centro do sistema. Só em 1543 surge o trabalho de Copérnico(1473-1543), um polonês que abandona o geocentrismo, ainda uma influencia bíblica, e sugere o heliocentrismo, com o Sol ao centro de orbitas circulares dos planetas. Entre as duas ideias há uma distância temporal de 1375 anos ou praticamente quatorze séculos. Em 1184 surge a Inquisição, que terá papel saliente no desenvolvimento da ciência ao contrapor-se aos avanços da mesma. Mesmo isso não conseguiu parar a curiosidade sobre o problema da origem da Terra. Após Copérnico surge Tycho Brahe(1546-1601), seguido de Kepler (1571-1630), Galileu (1564-1642) e Newton (1643-1727), com um conjunto de obras que levou a compreensão do sistema, seus movimentos, peculiaridades e harmonia. Neste ponto não ha mais lugar para Moisés, Aristóteles e Ptolomeu diante das ideias novas sobre a Terra e seus mistérios. Entre Copérnico (1543) e Newton (1727) mediam 184 anos ou quase dois séculos, durante os quais o pensamento religioso continuava a dominar, como se deduz de suas biografias. Newton um dos mais brilhantes em todos os tempos empenhou-se em assuntos religiosos sem sucesso.

A diferença entre estas duas fases fica por conta do número de pessoas que aderem as novas ideias. São pouquíssimas, permanecendo a maioria no degrau mais baixo do conhecimento, o que é mais fácil de fazer. Outra diferença é a dificuldade de entender e digerir as coisas novas. As tradições religiosas, preguiça mental, as crenças e crendices existentes são bem mais fortes do que a ideia nova, o que dificulta a adoção da mesma. Tal comportamento é o mesmo na atual conjuntura.

Copérnico desempenha o papel de “turning point” no campo científico daquele tempo. Sua ideia, entre muitos obstáculos, foi melhorada por Kepler, Newton e Galileu completando essa fase civilizatória.

Todos os ramos da ciência continuavam a ser pesquisados pontualmente, daí o número incontável de ciências e cientistas. Especificamente dentro da geologia, como exemplo, existem dezenas de assuntos sem qualquer utilidade para esclarecer como funciona o planeta, e muitas delas sem qualquer utilidade como a matemática, desenho, paleontologia, petrografia etc.

O próximo “turning point”, sob o ponto de vista geológico, só começaria a tomar forma no século XVI com van Helmont (1580-1644), passando 150 anos depois, por Priestley (1733-1804), Ingenhousz(1730-1799), Antoine Lavoisier (1743-1794), que deu as linhas finais para o conhecimento do ar atmosférico, e por último o trabalho do extraordinário  Cornelis van Niel (1897-1985), que demonstrou o funcionamento da fotossíntese que, por sua vez, possibilitou a este autor as respostas sobre o petróleo, sua gênese e ocorrência. Entre as hipóteses e experiências de van Helmont realizadas em 1644 e o estudo deste autor apresentados em 1980 passaram 336 anos.

A reunião e a unificação dessas teorias como a base da ciência geológica permitiram a fusão de todas elas em uma só que chamamos pelo nome de estratigrafia, ou seja, a ordenação da teoria completa sobre o planeta Terra, quando foi possível fazer uma história fechada que tem principio, meio e fim.

A conclusão é simples: sob o ponto de vista geológico as almas e os espíritos são fictícios, ou seja, não existem! Constituem a explicação dos sábios antigos para os movimentos, produção de trabalho e energia daqueles tempos, quando ainda não se cogitava de estudar Botânica e Zoologia, e muito menos a Química e a Física.

​Entretanto, desde aqueles tempos e antes deles, já era a energia do Sol, embutida tanto nos tecidos animais como vegetais pelo fenômeno da fotossíntese, que responde pelo movimento de todas as coisas orgânicas. Embora desconhecida, era a fotossíntese que respondia pelo fenômeno da vida, da existência do petróleo, etc.

Já o desconhecimento desses mesmos fatos, por parte dos cientistas e do povo em geral é o responsável pelo sentimento religioso, que foi criado para explicar o desconhecido e se conserva por tradição na maior parte da população, aquela mais desprovida de conhecimentos. Assim, podemos resumir o pensamento do geólogo: os telescópios, comunicações, transportes e divertimentos dos humanos ricos, representa muito pouco como índice de civilização diante do gigantesco índice de religiosidade do povo em geral, que é muito mais alto e representa o contrário, a indigência mental.

Finalmente o ponto que faltava para o completo entendimento do processo geológico surgiu com a fundação da Petrobras em 1953 e o inicio das perfurações na pesquisa do petróleo brasileiro na conhecida Bacia do Recôncavo. O estudo dos prospectos, relatórios, exames de toda ordem, descrição e classificação dos fosseis encontrados na terceira dimensão da bacia deu ensejo ao surgimento da nova teoria sobre a origem da mesma, e o encaixe desse acontecimento nos fatos hoje conhecidos que explicam o fenômeno da transmigração continental e do aparecimento da atual geografia. O surgimento desses fatos leva ao desaparecimento de tolices como “almas”, “espíritos”, “aquecimento global”, “el niño”, “derretimento das calotas polares”, “busca da vida em outros planetas” o “ceu”, o “inferno” etc”.

RESUMO

Resumo da ideia central: ao longo de muito tempo (humanamente falando), pelo estudo dos fenômenos geológicos por parte de homens mais curiosos do que a maioria dos seus contemporâneos, foram esclarecidos pontos decisivos para a compreensão de fenômenos frequentes na superfície do globo. À medida que foram conhecidos dissipou-se o desconhecimento sobre aqueles fatos, e hoje temos o quase completo domínio sobre os mesmos (progresso das ideias), o que facilita a vida dos humanos na Terra.

Do ponto de vista geológico a ciência progrediu ao longo do tempo, e este progresso é lento ao extremo, saindo do estágio mais obscuro da crendice pura, configurado pela nenhuma base de raciocínio do período religioso, até a fase atual quando ramos científicos diversos sobressaem pontualmente e muitos desses ramos sustentam a ideias de grandes progressos, o que mascara e induz falsas deduções sobre o progresso da ciência dos humanos. Vejamos um exemplo para caracterizar o paragrafo.

Noticias recentes nos jornais e revistas divulgam que dentro de quinze, no máximo 30 anos “encontraremos vida fora da Terra…” empenhados que estão alguns cientistas procurando água, por ser a água, segundo eles mesmos, indispensável à vida”.

CONCLUSÃO

Sob o ponto de vista geológico, embora fatos isolados mostrem o contrário, ainda continuamos em estágio precário de conhecimento sobre a origem do homem e da humanidade e tal fato, freia o entendimento mais claro sobre essa origem, provocando crises e guerras desnecessárias ao convívio humano.

As ideias religiosas e as condições de indigência mental da maioria do povo contribuem com muita força para a permanência do primitivo “status quo”.